Melhor forma de honrá-los é dedicar a taça a eles

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Imagem: Grêmio FBPA

Há quem defenda a ideia absurda de não haver mais jogos na temporada 2016, ignorando a final da Copa do Brasil e a definição do Campeonato Brasileiro para os rebaixados à Série B e classificados à Copa Libertadores de 2017. Desculpe, exceto pela partida entre a Chapecoense e o Atlético Mineiro pelo Brasileirão no dia 11 – esse jogo sim deveria ser cancelado – essa sugestão é equivocada em diversos sentidos, além de poder soar como um oportunismo sensacionalista a fim de aparecer em cima de uma tragédia que vitimou 71 pessoas na queda do avião na Colômbia.

O Grêmio tem motivos singulares para chorar pelas vítimas do avião que levava a delegação da Chapecoense, além de profissionais de imprensa e tripulantes, a Medellin, onde ocorreria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Entre os mortos, estavam o zagueiro Willian Thiego, lateral-esquerdo Dener e o volante Matheus Biteco, todos relevados ou com passagens pelo Tricolor e que defendiam as cores alviverdes do clube catarinense.

No avião, também estavam o comentarista esportivo do Fox Sports Mário Sérgio, Campeão do Mundo de 1983 com a camisa tricolor, o técnico da Chapecoense, Caio Júnior, que já foi jogador e treinador pelo Grêmio, além do preparador físico Anderson Paixão, filho de Paulo Paixão. Entre os seis sobreviventes, o goleiro Jackson Follman, que também passou pelo Tricolor, teve a perna amputada.

Portanto, poucos clubes tiveram uma relação tão próxima a essa tragédia como o Grêmio. E é por isso que devemos entrar em campo na quarta-feira (07), na final da Copa do Brasil diante do Atlético Mineiro. A melhor maneira de honrar esses atletas não é deixando de jogar, e sim pisar nos gramados e dar o seu melhor. Por eles, o Grêmio deve dedicar a taça da Copa do Brasil. Por eles, o Grêmio deve lembrar deles em uma importante conquista, que ficará eternizada pelas circunstâncias. Essa é a melhor maneira de homenageá-los.